domingo, 2 de julho de 2017

Professor Tomoe: um vilão da p****

Quando falam que grandes histórias são marcadas por grandes vilões, eu concordo plena e completamente. E isso sem dúvida se aplica a Sailor Moon. Duvido muito que a franquia seria tão amada e querida sem a presença de vilões poderosos, carismáticos e visualmente atraentes que nos fazem tremer de medo ou rir a beça. Hoje vou falar daquele que consegue ambas as coisas. Diretor de escola, cientista respeitado, pai de família... Um homem exemplar! Só que não.

https://www.youtube.com/watch?v=DJhjGs0XwyU
https://www.youtube.com/watch?v=ph2cCQp4wMQ&t=4s


Para relembrar um pouco, o Professor Tomoe é o responsável pela vinda da criatura conhecida como Pharaoh 90 para a Terra, tarefa que recebeu após um experimento dimensional que deu muito errado e matou sua esposa, quase matou a filha e tirou o seu olho e sua sanidade. Detalhes mudam quando comparamos o mangá com o anime, mas tanto em um quanto em outro Souichi Tomoe não é apenas um vilão chamativo, mas único dentre os vilões de Sailor Moon.
Todas e todos os outros vieram de outros planetas ou são de épocas muito remotas, ou seja, são figuras que pouco conhecem de fato dos seres humanos que desejam tanto destruir ou governar. Mas só o Tomoe é um ser humano de verdade, que vive na nossa época, e que tem necessidades não só de fazer coisas malvadas no trabalho, mas de descansar, comer, beber, se divertir, como todos nós, e isso rendeu situações engraçadíssimas. Apesar dessa característica o tornar bastante cômico, também o torna particularmente assustador, pois entre a criação de um monstro ou outro, existem comentários maliciosos sobre a vida, o cotidiano e as pessoas, todos com um tom sádico de brincadeira e deboche. Não satisfeito, literalmente "fez escola" ao esconder suas operações e trazer novas recrutas para sua causa através de uma conceituada escola particular de elite, um modelo de perfeição educacional que transformava seus alunos em agentes do mau (incrível como isso dialoga com a nossa realidade, não?), com ênfase nas Cinco Bruxas.

O que mais lhe confere importância na trama do Arco Infinito/Sailor Moon S, entretanto, é o fato de ser o pai da Hotaru, a futura Sailor Saturno e Enviada do Silêncio. Após o acidente em que demônios se alojaram em seus corpos, Souichi manteve sua filha viva com o único intuito de torná-la a principal serva do Pharaoh 90. E com muita sutileza, sem se mostrar um completo monstro, tornou a vida da menina um inferno. Ironicamente, acabou se tornando um dos únicos elos da Hotaru com a humanidade, uma vez que ela lembra do "paizão" com carinho (e convenhamos, comparando com outros pais dos animes, como o Tucker de Fullmetal Alchemist ou o Gendo Ikari de Evangelion, o Tomoe até que não é dos piores!).
Mesmo que, ao se transformar totalmente no monstro Germatoid, tenha sido um poderoso inimigo em termos de força, o Professor Tomoe não é nada do tipo que encara um x1 com qualquer uma das heroínas. Seu peso na história é muito mais psicológico e estratégico, o que lhe confere um ótimo diferencial dentre os principais antagonistas. Todos os clichês de cientistas malvados são elevados à máxima potência com ele, e isso não o torna genérico, ao contrário, o deixa ainda mais fascinante quando vemos a sua loucura atingir níveis extremos. Não tenho mais nada a dizer sobre esse divo, esse ser maravilhosamente terrível. Apenas sintam um pouquinho de sua vibe, na voz clássica do lendário dublador Emerson Camargo. E até a próxima!
https://www.youtube.com/watch?v=3Y706n4cLXU

domingo, 21 de maio de 2017

As roupas das Sailor Guerreiras e a importância do figurino para uma história


Pode parecer pelo título, mas esse texto não é sobre moda, pois essa não é minha especialidade. A ideia dessa postagem surgiu através de uma pergunta que fiz ao pensar com meus borbotões: por que Sailor? Por que contar essa história usando uniforme de marinheiro? A resposta que cheguei para essa pergunta foi outra pergunta (https://www.youtube.com/watch?v=rKbMhEsav50): como não contar essa história usando uniforme de marinheiro?
Antes de qualquer coisa, vale conhecer um pouco da história dos uniformes escolares do Japão. Eles foram instituídos no século XIX, no início da Era Meiji (aquela retratada em Rurouni Kenshin), com dois objetivos: fora da escola de marcar o papel de estudante dos jovens na sociedade japonesa e dentro da escola de retirar toda a condição social e econômica da vestimenta e, de certa forma, equalizar os alunos. No começo os modelos eram quase todos bastante tradicionais da cultura japonesa, mas com o passar dos anos os costumes ocidentais influenciaram cada vez mais o modo de vida nipônico, o que inclui os designs dos uniformes. Mas em 1920, uma escola feminina passou a usar uma versão própria das roupas que os trabalhadores da marinha britânica usavam na época (isso porque a Inglaterra tinha a marinha mais poderosa do mundo e porque a diretora da escola estudou na terra da rainha). O modelo hoje conhecido como sailor fuku se tornou extremamente popular e tomou conta da grande maioria dos uniformes escolares femininos das escolas japonesas.
O que tudo isso tem a ver com Sailor Moon? Oras bolas, tudo! A começar pelo seu público-alvo: jovens ginasiais. Serena e suas amigas são estudantes entre os anos que equivalem ao último do nosso ensino fundamental e os do nosso ensino médio. Até aí tudo normal. Mas quando chega a hora de assumirem as suas versões de super-heroínas, suas roupas ganham brilhos e floreios, mas permanecem uniformes de marinheiro, o “alter-ego civil” ainda está lá. Na mitologia do super herói, ela/ela precisa assumir um visual totalmente diferente do usual para ser de fato um/uma super herói/heroína, mas não é o que ocorre em Sailor Moon. Do ponto de vista prático, não é uma boa ideia para esconder a identidade, mas convenhamos, a Naoko nunca se preocupou muito com verossimilhança. Do ponto de vista temático, entretanto, a situação muda. Quando vemos as mocinhas lutando contra o mau e realizando façanhas usando uma roupa casual em sua base, vemos a autora dizendo a suas leitoras que qualquer uma delas pode ser tão poderosa, valorosa e maravilhosa quanto as personagens, independente de fatores externos, apenas do que se tem por dentro.
A mensagem estética atrelada à mensagem da obra acaba perdendo parte desse impacto quando a franquia é exportada para todos os países que não são o Japão e que não tem como uniforme o sailor fuku ou mesmo qualquer tipo de uniforme escolar. Mas não somente ela não some como encontra outras maneiras de se fazer presente. Tomemos como exemplo o Brasil. Qualquer mahou shoujo que veio antes e depois de Sailor Moon possui vestimentas absurdamente rendadas ou espalhafatosas, que são muito difíceis de reproduzir na vida real, a não ser que você seja uma pessoa com muitos recursos financeiros. Mas no caso do nosso anime do coração, as roupas, de maneira geral, são relativamente simples, o que faz com que sua reprodução seja muitíssimo mais viável e alcançável. Mesmo os cospobres não parecem tão toscos quando se trata de Sailor Moon, e isso é incrível!

A história tem tudo a ver com Moon do título, e parece em muitos momentos coisa do mundo da lua. Mas é graças ao Sailor que nós, meros terráqueos, nos sentimos tão ligados a ela.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Dia Nacional de Sailor Moon - Baile Milenio de Prata 2017




  Ola meus queridos moonies, quem vós fala dessa vez não é nosso querido criador dos ultimos textos maravilhosos que aparecerem por aqui durante os meses que se passaram, é Ana Lua: ADM da pagina Dia Nacional de Sailor Moon e uma das organizadoras junto com a criadora do Dia Moonie.

  Mas chega de enrolação, vim aqui anunciar algo que já foi falado lá no facebook, e que vai ser registrado por aqui (uma forma mais facil de encontrar tudo que você quer saber num só lugar, digasse de passgem). Nossa terceira edição do dia moonie em um local fechado (clamp, clamp, clamp). Dessa vez ao invez de ser em um local aberto como os parques das ultimas edições vamos para a Associação Iwate Kenjinkai do Brasil, um espaço bem agradavel, com ar condicionado para os que vão com cosplays pasados não sofrerem tanto assim com o calor. O endereço se encontra na imagem assima, mas se você não deu uma olhada nela e não tem como ver ela agora vou passar já, já, é Rua Thomaz Gonzaga, 65 - Liberdade, SP - 01506-020.

COMO CHEGAR AO EVENTO!
Metrô:
- Desça na Estação Liberdade.
- Siga na direção do Sogo Plaza na Rua Galvão Bueno.
- Atravesse a ponte em direção ao Hospital Bandeirantes.
- Vire à direita na Rua Thomaz Gonzaga
- Suba em direção à Avenida Liberdade.
- O prédio é ao lado da Haikai, em frente ao restaurante Kazu.
R. Thomaz Gonzaga, 95 - Liberdade, São Paulo

Para quem vai de ônibus, tem um à partir do Butantã 715M-10 Largo da Pólvora. É só pedir para descer na FMU. Passando o Burger King, vira à direita e desce até o número 95.
Para quem vai de carro, o estacionamento do prédio é à parte, custando R$ 25,00 por 12 horas. Tem um próximo ao Hospital Bandeirantes que custa R$ 15,00 por 12 horas.
Qualquer dúvida, estamos à disposição ;)

Temos o Prazer de apresentar (TAN, TAN, TANNNNN) as nossas atrações:

   




E as stands que farão presença no nosso evento:




  Dia 30/04 será mais do que aguardado. A sua presença nesse dia vai ser um presente enorme para nós, venha dividir conosco esse dia especial, de mais um ano de lançamento de Sailor Moon no Brasil.

Dia Nacional de Sailor Moon

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